Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

O dom de amar demais

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Conversa silenciosa
ou
Das coisas que aprendi com a maternidade

Talvez um dom antigo... Vivem dizendo que temos habilidades que nem conhecemos e não exploramos. O fato é que só agora atento para minha capacidade de ler pensamentos. Olhares passam a ser tão esclarecedores... Verdadeiras janelas. Olho para meus meninos e sei exatamente o que estão pensando. Antecipo o desejo, antecipo o malfeito. 
Em algumas situações deixo-me cegar pelo cansaço, mas em dias bons leio verdadeiras autobiografias nas mentes dos meus pequenos. Observando e sentindo.
Acredito na evolução, na persistência e no treinamento. Acredito sobretudo na energia e na sintonia. Vou cultivando essa habilidade com cuidado, e dela me alimentarei. Que venha o destino e leve meus meninos por outros caminhos. Hoje não preciso escuta-los para saber o que pensam, e no futuro, também não precisarei vê-los. Saberei o que sentem mesmo na distância. A notícia boa chegará antes do telefone tocar e eu receberei a notícia ruim com o abraço já preparado.
Treinamento diário para aperfeiçoamento de dons que só conheci com a maternidade. Colherei frutos por minha dedicação, um dia a saudade dirá.
Que dom é esse? Alguns chamam de telepatia, eu chamo de amor demais.

Um comentário:

  1. Lindo texto, Iusta, que revela uma sensibilidade incomum. Não me refiro ao "dom" mencionado nem à sua percepção dele, mas à sua maneira de expressá-lo.

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