Como
quem espera a hora certa com cuidado. Como quem vigia e avalia os riscos. Como
quem sente-se finalmente protegido, meu menino adoeceu.
Passei
7 dias fora e Igor esperou todos eles passarem para ter febre. Comemorou meu
retorno, abraçou-me com carinho, recebeu feliz os presentes de viagem e depois
deitou-se molinho do sofá.

Viajar
é bom. Férias para namorar o marido é bom demais. Mas ficar longe dos filhos é
ruim. Incomoda como pedra no sapato. Parece um “porém”, um “pé atrás”, um
“talvez”. Se eles estão bem, consigo relaxar e me divertir. Se não...
Eu o
abracei aliviada por ter chegado e iniciei os cuidados gerais. Alívio de mãe.
Abraço em uso contínuo, beijos em livre demanda e tylenol até de 4/4h.
Acredito
piamente em energia, em controle da mente sobre o corpo. Muito embora saibamos
usar quase nada deste poder, ele mostra-se presente. Iguinho segurou bem a
barra até a mamãe chegar. Menino inconscientemente esperto.
Período
de incubação seria a explicação não
romântica para o quadro do Igor. Eu prefiro a minha versão. Prefiro energia,
prefiro maternidade.
Eu
só adoeço quando todos na casa já estão melhores. Não por escolha minha, mas
muito provavelmente a adrenalina e o cortisol me mantém saudável até que os
meus meninos estejam bem, depois, permitem-me relaxar e cair de cama.
Meus
“defeitos” biológicos melhoram todos quando estou com os meninos. Medo de
avião, medo de altura, minha super feroz cinetose, minha mania virginiana de
controlar todas as variáveis... Tudo isso é amenizado com os meninos do lado.
Acho
que a explicação disso tudo teria a ver com conexões neuronais. Aquelas que
ligam sua listinha de prioridades, seus sentimentos, sua noção de perigo e seu
instinto materno. Coitados desses neurônios, tarefa difícil essa...
Antes
de viajar tive um torcicolo que desafiou os dotes ninja da minha professora de
pilates. Tive aftas refratárias a omcilon
orabase. Tive diarreia e constipação, tudo ao mesmo tempo. Tive azia, coisa
que só me lembro ter sentido durante a gravidez. Tudo isso causado pelo mesmo
agente etiológico: ansiedade por viajar e ficar longe dos filhos.
Agora
que cheguei, não há germe que me derrube! Dá licença, sai da frente, nem chega
perto! Eu tenho que cuidar dos meus
meninos.
Escudo protetor materno Mode on!
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