Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Chikungunya, nem vem que não tem!


Como quem espera a hora certa com cuidado. Como quem vigia e avalia os riscos. Como quem sente-se finalmente protegido, meu menino adoeceu.

Passei 7 dias fora e Igor esperou todos eles passarem para ter febre. Comemorou meu retorno, abraçou-me com carinho, recebeu feliz os presentes de viagem e depois deitou-se molinho do sofá.

Bochechas vermelhas que embora deixassem-no ainda mais lindo, denunciavam a febre e o rash.  Dengue, zica, chikungunya? Mais provável ser uma virose comum. Seja qual for o diagnóstico, eu só agradecia. Coração cheio de gratidão por estar ali.

Viajar é bom. Férias para namorar o marido é bom demais. Mas ficar longe dos filhos é ruim. Incomoda como pedra no sapato. Parece um “porém”, um “pé atrás”, um “talvez”. Se eles estão bem, consigo relaxar e me divertir.  Se não...

Eu o abracei aliviada por ter chegado e iniciei os cuidados gerais. Alívio de mãe. Abraço em uso contínuo, beijos em livre demanda e tylenol até de 4/4h.

Acredito piamente em energia, em controle da mente sobre o corpo. Muito embora saibamos usar quase nada deste poder, ele mostra-se presente. Iguinho segurou bem a barra até a mamãe chegar. Menino inconscientemente esperto.

Período de incubação seria  a explicação não romântica para o quadro do Igor. Eu prefiro a minha versão. Prefiro energia, prefiro maternidade.

Eu só adoeço quando todos na casa já estão melhores. Não por escolha minha, mas muito provavelmente a adrenalina e o cortisol me mantém saudável até que os meus meninos estejam bem, depois, permitem-me relaxar e cair de cama.

Meus “defeitos” biológicos melhoram todos quando estou com os meninos. Medo de avião, medo de altura, minha super feroz cinetose, minha mania virginiana de controlar todas as variáveis... Tudo isso é amenizado com os meninos do lado.

Acho que a explicação disso tudo teria a ver com conexões neuronais. Aquelas que ligam sua listinha de prioridades, seus sentimentos, sua noção de perigo e seu instinto materno. Coitados desses neurônios, tarefa difícil essa...

Antes de viajar tive um torcicolo que desafiou os dotes ninja da minha professora de pilates. Tive aftas refratárias a omcilon orabase. Tive diarreia e constipação, tudo ao mesmo tempo. Tive azia, coisa que só me lembro ter sentido durante a gravidez. Tudo isso causado pelo mesmo agente etiológico: ansiedade por viajar e ficar longe dos filhos.

Agora que cheguei, não há germe que me derrube! Dá licença, sai da frente, nem chega perto!  Eu tenho que cuidar dos meus meninos.

Escudo protetor materno Mode on!

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