Eu
não sei rezar.
Nunca
aprendi. Mas costumo ter papos legais com Deus do meu jeito meio sem jeito.
Acho
que está funcionando pois Ele tem sido muito bom pra mim.
Eu
não sei rezar mas tem um bocado de gente que sabe comigo. Andando lado a lado e
trabalhando junto. Caminhando na mesma direção.
Eu
não sei rezar mas acredito que Ele veja tudo e por isso nem tento me esconder.
Quando faço algo errado, dou uma olhadinha pra cima e encolho-me um pouco
esperando o castigo.
E eu,
que não sei rezar, peço a Deus que tudo corra bem no dia 23 de agosto.
O
projeto Lições Ilustradas é como um filho. Eu vejo muito de mim nele. Se vão
abrir as páginas dos livros, investigar suas cores e decifrar suas rimas, é a
mim que estarão lendo.
Inquieta,
um tanto intransigente e cheia de pequenos sonhos na gaveta. Essa sou eu. Eu
que odeio pedir mas que já pedi tanto pelo Projeto... Tive que vender a ideia
antes mesmo de vender os livros.
E aí, nesse exercício de se expor e de sair da concha, a gente acaba esbarrando com pessoas boas, inquietas também. Gente que faz do lápis de cor arma para ferir o preto e branco da inércia. Gente como Marcos, Renato, Lila e Paulo, os ilustradores desta edição do Lições Ilustradas.
E de
tanto pedir a gente ganha “sins”. Sim de amigo que mal escuta a pergunta e já
responde com apoio e sorriso largo, como o da Iane ( Quimioclinic). Um sim de
quem já está acostumada a acolher projetos mas não perde o encanto ao abraçar
mais um, como o da Mônica ( Fundação Ana Lima). E um sim que brilha leve, carregando
apenas o peso da esperança e da fé, como o das borboletas do Panapaná.
E eu
que não sei rezar nem pedir, vejo-me cheia de graça.
Escrevo
histórias para crianças na esperança de que os finais felizes sejam de tamanha
força e magia que saltem fora das páginas dos livros. Que sejam como um abraço
carinhoso para quem tem os livros nas mãos e como um alento, uma luz, para quem
recebe a doação.
Cada
livrinho do Lições Ilustradas custa 20 reais e vale ouro.
Cada
pessoa que compra doa esperança.
Quem
lê espalha finais felizes.
Vamos
juntos. Dia 23 de agosto, às 9 da manhã no Passeio Público, iniciar nossa
caminhada para vender 1500 livros infantis e entregar o dinheiro arrecadado nas
mãos de quem mais precisa.
Mas
a caminhada não precisa ser cansativa. Ela pode e deve ser prazerosa pois de
quando em vez podemos sentar no chão e ler com uma criança. Olhinhos atentos e
ansiosos pelo final da história. Que seja feliz!
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