Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

A mãe que não conheço


 Alunos vão e vêm e de quando em vez ouço algo interessante. E foi em uma dessas que conheci essa mãe.
Só conheço de ouvir falar. Pelos corredores, pelas salas, no banheiro feminino.
É a mãe que não conheço. Não conheço mas já tenho uma certa simpatia por ela.
Ela tem uma filha na faculdade de medicina da UNIFOR, essa é uma das poucas coisas que sei dela. Acho que posso atribuir a ela algum mérito por isso, não é? De alguma forma orientando a filha a estudar e perseguir o que quer, por mais difícil que possa parecer.
O que sei além disso ouvi da filha, que conversava com uma amiga no banheiro feminino. Com ar meio indignado e testa franzida, contava à amiga o que tinha acontecido no seu final de semana:

(Pausa para uma observação importante: Caro leitor, para melhor compreensão do texto e fidedignidade dos fatos, acrescente ao diálogo, digo, ao monólogo,  um tom meio gasguito e entonação afetada com aquele “sotaque” próprio dos adolescentes.)

-       Eu tinha falado pra mamãe que queria fazer um programa legal nesse final de semana. Eu tinha que estudar mas não estava afim, estava de saco cheio... Sabe o que minha mãe fez? Sabe? No sábado ela saiu com as amigas, no domingo ela saiu com o namorado. Quando voltou, brigou comigo por que eu estava toda estressa. Mereço! E sabe do que mais? Ela colocou no facebook “se sentindo feliz” mesmo depois da nossa briga. Eu não acredito!

Pois é, lhes apresento a mãe que não conheço. Essa aí de cima. Que sai com as amigas, com o namorado e que se sente feliz!

À aluna deixo o meu “só lamento” e, um pouco mais compatível com a minha idade, um “cada um com seus problemas”.

Beijo, me liga.

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