Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eu preciso dizer que te amo...



Crianças sentem muito antes de começarem a verbalizar suas emoções. Raiva, frustração, tristeza, alegria, amor e desejo são vividos intensamento por bebes de 1 ano, porém não são traduzidos em palavras. Cabe a nós decifrarmos aquele choro fora de hora. Porém, além de decifrar precisamos ensinar nossos filhos a expressar sentimentos verbalmente, dar nome àquele aperto no peito. Crianças com pouco vocabulário ou que começam a falar tarde tendem a torna-se mais agressivas pois é a forma que ela conhece de expressar as emoções. A frustração transforma-se em tantruns no meio do supermercado, a tristeza vira agressão ao irmão mais novo, a alegria vira correria e pulos no meio da casa. Ensinar a dizer "eu estou triste" é tão importante quanto o nosso tão esperado "eu te amo". A criança que consegue dizer que esta triste não precisa atirar-se no chão do shopping ou jogar objetos na hora da refeição para chamar sua atenção para o que ela está sentindo. Você precisa ensina-lo que um simples "estou triste", "não quero isso"ou "estou com raiva" tem um efeito mais eficaz e que você sempre dará importância ao que ele fala.
Quando seu filho tentar expressar fisicamente algo que ele está vivenciando, leve-o para um canto calmo e tente dar nome aos sentimentos sempre que possível: "você bateu por que está com raiva, não é?" " Você ficou triste por que não tinha sorvete de morango?" "Você deu um abraço no seu irmão por que o ama". O importante é que ele relacione o sentimento com o nome e saiba que você entende e valoriza essa associação.
O filho que identifica tristeza, também identificará alegria e amor e você ouvirá o tão sonhado "eu te amo, mamãe" antes do que você imagina.
Brinco com André perguntando:
-André, quem ama quem?
-Eu amo a mamãe.
Continuo perguntando e ele completa:
- Papai ama Iguinho, Tia Mel ama Tio Junior, Fátiam ama Aline ( kkkk essas são as moças que trabalham aqui em casa). É sempre interessante vê-lo fazendo relações.
Também costumo pergunta-lo o que o deixa mais triste. Em geral a resposta refere-se a colegas do colégio que batem, puxam cabelo... Importante acostuma-lo a relatar esse tipo de comportamento para você detectar precocimente algum tipo de bullying.
Incentive seu filho a conversar com seu pediatra e expressar com suas próprias palavras o que sente. Uma palavra pode substituir muito choro desnecessário.
Bem, está dado o recado. Quanto antes a criança comunicar-se ( pode ser por sinais tb! - essa vale um outro post) melhor para todo mundo. Ele entenderá com mais propriedade aquele "eu te amo" que dizemos com tanto carinho ao deixa-lo na escola ou ao beija-lo antes de dormir.

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