Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Remédio!? Eca!


Qual argumento que você usa com seu filho para convence-lo a tomar o remédio? Nenhum? Ele toma numa boa sem reclamar dos antibióticos horríveis? Então, com certeza, você passa algum tempo do seu dia ajoelhada no milho agradecendo a Deus o filho que tem.
Pense num negócio ruim é tomar remédio. Vocês já experimentaram dipirona ou plasil em gotas? Se sim, sabem que seus filhos só aceitam bem essas gotinhas caso estejam com febre tão alta ou vômitos incoercíveis que não os deixem distinguir o bem do mau :)
Lembro das minhas orientações às pobres mães quando eu, inocentemente, como médica recém-formada e sem filhos dizia:
-A senhora dará esse antibiótico de 6/6 horas. O que significa 6 da manhã, 2 e 6 da tarde e meio noite. Além disso, a senhora lava o nariz com soro fisiológico e aspira com a perinha. Caso sua filha tenha febre a senhora pode usar o tylenol.
Eu devo está com muito pecado acumulado desta época. Para mim, o que importava era ter a prescrição perfeita, com os remédias corretos, porém não me preocupava com aquela pobre mãe, por tudo que ela ia passar para cumprir minha prescrição a risca.
Hoje, faria de tudo para não prescrever antibióticos com doses tão fracionadas. Se já é difícil seu filho tomar o remédio no meio do dia, imagine as 6 da manhã e a meia noite. Outra, você já agradece a Deus pelo seu filho ter conseguido dormir estando tão doente, por que, em sã consciência você o acordaria no meio da noite? E vocês sabem bem o quanto os meninos adoram lavar o nariz com soro. Aquela sensação de afegamento iminente é deliciosa.
Quanto ao tylenol... Gostaria de dizer que hoje sei, como mãe e não como médica, que o tylenol funciona em apenas 60% dos casos. Custava eu avisar a mãe que ela poderia alternar com dipirona ou ibuprofeno caso a febre não cedesse com tylenol?
Bem, esses são as minhas considerações de uma mãe de dois meninos em idade que nem dá pra convencer nem pra segurar. E lá em casa vale tudo para tomar o remédio: sorvete, presente, ida ao parquinho, banho de mangueira, musiquinha especial... Ah meu Deus, e ainda faltam 6 dias de antibiótico...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eu preciso dizer que te amo...



Crianças sentem muito antes de começarem a verbalizar suas emoções. Raiva, frustração, tristeza, alegria, amor e desejo são vividos intensamento por bebes de 1 ano, porém não são traduzidos em palavras. Cabe a nós decifrarmos aquele choro fora de hora. Porém, além de decifrar precisamos ensinar nossos filhos a expressar sentimentos verbalmente, dar nome àquele aperto no peito. Crianças com pouco vocabulário ou que começam a falar tarde tendem a torna-se mais agressivas pois é a forma que ela conhece de expressar as emoções. A frustração transforma-se em tantruns no meio do supermercado, a tristeza vira agressão ao irmão mais novo, a alegria vira correria e pulos no meio da casa. Ensinar a dizer "eu estou triste" é tão importante quanto o nosso tão esperado "eu te amo". A criança que consegue dizer que esta triste não precisa atirar-se no chão do shopping ou jogar objetos na hora da refeição para chamar sua atenção para o que ela está sentindo. Você precisa ensina-lo que um simples "estou triste", "não quero isso"ou "estou com raiva" tem um efeito mais eficaz e que você sempre dará importância ao que ele fala.
Quando seu filho tentar expressar fisicamente algo que ele está vivenciando, leve-o para um canto calmo e tente dar nome aos sentimentos sempre que possível: "você bateu por que está com raiva, não é?" " Você ficou triste por que não tinha sorvete de morango?" "Você deu um abraço no seu irmão por que o ama". O importante é que ele relacione o sentimento com o nome e saiba que você entende e valoriza essa associação.
O filho que identifica tristeza, também identificará alegria e amor e você ouvirá o tão sonhado "eu te amo, mamãe" antes do que você imagina.
Brinco com André perguntando:
-André, quem ama quem?
-Eu amo a mamãe.
Continuo perguntando e ele completa:
- Papai ama Iguinho, Tia Mel ama Tio Junior, Fátiam ama Aline ( kkkk essas são as moças que trabalham aqui em casa). É sempre interessante vê-lo fazendo relações.
Também costumo pergunta-lo o que o deixa mais triste. Em geral a resposta refere-se a colegas do colégio que batem, puxam cabelo... Importante acostuma-lo a relatar esse tipo de comportamento para você detectar precocimente algum tipo de bullying.
Incentive seu filho a conversar com seu pediatra e expressar com suas próprias palavras o que sente. Uma palavra pode substituir muito choro desnecessário.
Bem, está dado o recado. Quanto antes a criança comunicar-se ( pode ser por sinais tb! - essa vale um outro post) melhor para todo mundo. Ele entenderá com mais propriedade aquele "eu te amo" que dizemos com tanto carinho ao deixa-lo na escola ou ao beija-lo antes de dormir.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Agenda: Sábado as 5!


Quer levar seu filho em um lugar fantástico que com certeza prenderá a atenção dele por um bom tempo e ainda é super educativo e interativo?
Leve-o a livraria! Diversas livrarias da cidade tem programação infantil que ajuda ainda mais a despertar o interesse de seu filho pelos livros.
Na Livraria cultura ( shopping varanda) tem contação de história no sábado as 5. A historinha será A zebra Camila. A livraria Siciliano do shopping Del paseo já tem a tradicional contação de histórias com o grupo Zip Zap. É a melhor opção para crianças menores pois tem muita música e ciranda no final ajudando a prender a atenção dos pequenos. A livraria Nobel, terceiro andar do shopping Aldeota, também faz uma programação infantil legal e bem interativa, em geral voltada para crianças um pouco maiores. O grupo VivaAção está sempre por lá animando a criançada. Acontece as 5:30 aos Sábados. No Iguatemi a opção é a livraria Saraiva, que a partir das 4 da tarde apresenta a programação do grupo "cantando e contando" e promete muito diversão aos participantes com música e atividades envolventes para a criançada.
Bem, não dá para não ir com todas essas opções. E já que você vai estar na livraria, compre os presentes que estavam faltando ( de adultos e crianças) e tome um bom café bem gostoso, pois todas as livrarias que citei tem espaços onde você pode fazer um lanche. E quem sabe mais essa dose de cafeina não lhe dá pique para acompanhar seu filhote com toda sua energia.
Abraços e um ótimo final de semana de leitura!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Confissão de uma mãe de primeira viagem



A primeira gravidez a gente nunca esquece... E dela guardamos muitas recordações maravilhosas, algumas ruins e outras constrangedoras. Sim, constrangedoras pois olhamos para trás e vemos o quanto nos deixamos levar pela emoção, pela responsabilidade de termos um novo coraçãozinho batendo dentro da gente e pelo instinto de proteção exacerbado. Espero que algumas de vocês, se não a maioria, identifique-se comigo, pois não quero ficar sozinha neste barco. Vale ressaltar que sou médica, e muitos dos conhecimentos aprendidos em livros e aulas poderiam poupar-me de algumas gafes gravídicas, digamos assim. Mas até parece que fazemos questão de rasgar o diploma quando se trata da criaturinha que estamos gerando e nos tornamos as pacientes mais chatas e irritantes. Podem dar risadas, mas aproveitem e façam uma retrospectiva das próprias gravidezes e digam-me se a carapuça não serve a vocês também.
Pra começar, logo no início da gravidez, eu tinha medo de fazer muito esforço ao defecar e o menino sair pela vagina. Eu sei, eu sei... É ridículo mas tenho que confessar. Parece até que é "grudado com cuspe " kkkk Também tinha muita cólica e vivia correndo para os banheiros dos supermercados, restaurantes, trabalho etc, etc etc para ver se estava tendo algum sangramento. E sabem aquelas pessoas que chegam querendo pegar na sua barriga. Eu adorava na grande maioria das vezes, mas quando sentia energia ruim de algumas pessoas, corria para tomar banho e lavar minha barriga kkkk Na tentativa de livrar meu pequeno daqueles maus fluidos.
Olho para trás e vejo graça em muitas coisas da gravidez do André. Coisas de mãe inexperiente, grávida de primeira viagem, se matando para não tomar café nem refrigerante, comendo açúcar por achar que todos os adoçantes eram proibidos na gravidez, burlando os abdominais na hora da ginastica por achar que não eram permitidos... Eu parecia gostar de pensar e me comportar assim, brincando de pessoa comum, apenas uma pessoa grávida morta de feliz querendo proteger a cria. A inocência é a melhor defesa. Quem precisava de todas aquelas anomalias, doenças e síndromes que colocam na nossa cabeça durante a faculdade. Na verdade queria distância, queria acreditar que nem existiam. Minha obstetra descobriu que eu era médica apenas na quinta consulta. Eu queria ser tartada como todas as outras pessoas, receber orientações, conselhos e recomendações. Não queria deixar de vivenciar nenhuma parte daquela experiência maravilhosa que era a gravidez. E como vocês puderam ver, nem os constrangimentos deixei de fora. :)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Agenda: Vamos ao Teatro?



Não tem desculpas de não ir ao teatro neste final de semana.
Tem programação para todos os gostos.
Barney e seus amigos estarão no Teatro do Shopping Via Sul neste final de semana. Eu odeio o Barney, acho muito chato. Embora André goste, procurei outras opções para movimentar meu final de semana teatral. São as que seguem:
Estreia da peça Pinóquio no teatro do Viva Música Viva encenada pelo grupo Abre Alas. Essa vale a pena conferir neste sábado as 5 da tarde. Pinóquio ficará em cartaz por algum tempo, porém se você ainda não assistiu a Rapunzel, esse final de semana será sua ultima chance. Rapunzel está em cartaz no teatro Celina Queiroz na UNIFOR. Outra estreia que promete ser muito boa é o espetáculo Palhaços do Circo Chulé, com direção de Marcelino Câmara e encenado pelo grupo Catavento. Ficará em cartaz no teatro Nadir Saboya ( Farias Brito) aos sábados e domingos do mes de maio. Curta teatro com o seu pequeno e saiba que pipoca não é só para o cinema.
Forte abraço a todas e " quebre a perna"

terça-feira, 10 de maio de 2011

lugar de criança é na cozinha

Sempre vemos a cozinha como um local super perigoso para crianças. De fato, dos acidentes domésticos envolvendo crianças, muitos acorrem na cozinha, sendo as queimaduras graves as grandes vilãs. Porém, gostaria de desmistificar um pouco a cozinha, e valorizar o tempo que passamos nela com nosso filhos. Não precisa ser um chefe de cozinha para fazer um suco de laranja ou um sanduíche de queijo, então, mesmo que você não goste ou se interesse por cozinha, sempre que for cozinhar, chame seu filho para ajudar. Você vai espantar-se com o nível de curiosidade e interesse que crianças acima de 1 ano e meio mostram pela cozinha. Crianças entre 1 e 4 anos adoram receber pequenas tarefas e sentem-se super bem ao alcançarem seus objetivos e a cozinha é um lugar perfeito para tais tarefas. Você criará uma consciência maior com relação as tarefas domésticas, cultivará o gosto por comidas saudáveis, trabalhará habilidades em matemática, expandirá o vvocabulário do seu filho, passará mais tempo interagindo com ele... Se o fato de ter um ajudante na cozinha não estava bastando para levar seu filho a ela, pense nestes outros fatores :)
Aí vão algumas ideias para você interagir com seu filho na cozinha:
1. Deixe que ele coloque as frutas dentro do liquidificador quando estiver preparando a vitamina
2. Peça que ele conte quantas colheres de açúcar, xícaras de farinha, copos de leite e ovos você colocou na receita do bolo
3. Deixe que ele faça um suco de laranja ( André fez pra família inteira!)
4. Coloque as bolachas Maria para ele esfarelar para você fazer a massa da torta de limão
5. Faça brigadeiro e deixe ele tentar fazer as bolinhas
6. Faça pipoca em uma panela com tampa de vidro e mostre a ele as pipocas surgindo a partir do milho ( essa foi a predileta do André)
7. Deixe ele ajudar a fazer o leite do irmão mais novo colocando as medidas de leite em pó na mamadeira
Boa sorte com seu futuro Paul Bocuse na cozinha, e se ele realmente tomar gosto pela coisa, coloquei em um curso de culinária para crianças.

domingo, 8 de maio de 2011

A million dollar Nanny



No post passado fui bem cruel com as babás. Pintei cenários ruins pois queria vender meu peixe sobre um assunto específico. Mas agora chegou a hora de fazer justiça.
Por sorte, acaso, destino ou indicação de uma amiga ( a qual você tem que agradecer o resto da vida), você encontra aquela babá na qual você confia, que você gosta e que torna a sua vida bem mais tranquila.
Para nós mães, a tranquilidade não tem preço. Nós que vivemos atormentadas pela culpa, tentando, em vão, proteger nossos filhos constantemente dos monstros que criamos em nossas cabeças. Que amamos tanto que dói, que rezamos mesmo sem crer para que aquela febre baixe e para que a chuva passe. Para nós, uma boa babá significa menos dor, mais sorrisos, mais calmaria, mais manhãs de sol.
Boa babá é aquela para a qual você entrega seu recém-nascido e consegue dormir 3 horas seguidas, mesmo achando que seu filhinho é tão pequeno, tão frágil e que pode parar de respirar a qualquer momento.( nem venha me dizer que não pensava isso, toda mãe passa pelo pânico de achar que seu bebê para parar de respirar :))
Boa babá é quela que você leva ao pediatra com você para as consultas de rotina do seu filho, pois você tem medo de esquecer algum detalhe do desenvolvimento do seu filho que só a babá saberá responder.
Boa babá é aquela que impede que seu filho se esborrache do brinquedo mais alto do buffet infantil mas ao mesmo tempo permite que ele, a cada festinha de aniversário, divirta-se tanto que a pilha acabe.
Boa babá é aquela que revesa com você o horário do antibiótico, que lhe aperreia até você comprar um novo frasco de vitamina pro seu filho, é aquela que sofre um pouco com você ao ver que seu filho não ganhou o peso que deveria, não tomou o suco de laranja todo ou não fez todos os passos da dança na escolinha.
Boa babá não vem pré fabricada, nem tem receita certa. Boa babá é feita para você, aguenta seus abusos e você os dela. Cada um tem a sua, cada criança tem um jeitinho, cada relação um caminho.
Quem tem a sua que segure, que valorize e pague salário justo. Quem não tem que procure, invista e tenha muita paciência. Muitas vezes valorizamos as qualidades erradas quando procuramos uma babá. Talvez a tarefa mais importante que ela tenha no dia-a-dia seja fazer seu filho sorrir, tendemos a negligenciar tal qualidade enquanto olhamos se ela fez a cama adequadamente e se as camisinhas de cambraia estão engomadas a contento.
Boa sorte e boa convivência.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Integral sim, por opção.

Pessoa inconveniente: -Teu filho estuda onde?
Eu: -No FB Baby.
Pessoa inconveniente: - De manhã ou de tarde?
Eu: - Integral

Pessoa inconveniente: - Oh... Coitadinho... Passa o dia todinho fora de casa.

Oh... coitadinho???? Coitadinha de mim que passo o dia trabalhando. Ele tem 4
refeições por dia com cardápio bem variado, estuda, dorme depois do almoço durante 2 horas em sala com ar-condicionado, toma 2 banhos por dia, faz esportes, faz experiências, BRINCA muito, toma banho de mangueira, vai à fazendinha alimentar os animais, vai à biblioteca, à sala de vídeo... Difícil competir com a qualidade e diversidade da programação que a escola oferece. Se você é uma mãe que pode passar um turno com seu filho e está disposta a ter uma programação infantil bem ativa, ler um livro com seu filho, assistir a filmes juntos, incentivar a prática de atividades extra-curriculares etc, etc, etc, Aí sim, darei meu braço a torcer. Diante de qualquer outro cenário, direi, me poupe!

No início coloquei meu filho em período integral na escola por necessidade, hoje o faço por opção. Fico aterrorizada com a imagem do meu filho com a chupeta na boca assistindo Discovery kids o dia todo e merendando biscoitos recheados que a babá comprou com o troco do pão.

Somos diferentes, temos visões diferentes e podemos até ter valores distintos, porém também sou mãe, assim como você, quero o melhor para o meu filho todos os dias.

O melhor é não julgar, acredite. Em raríssimas situações uma mãe faz algo, conscientemente, que prejudique seu filho. No mínimo, ela tem boas intenções ao fazer o que faz. E aí, vem você olhar pro meu filho com esse olhar compadecido. Mereço!

Coloque-se no meu lugar, e experimente a sensação.

Eu: - Seu filho estuda onde?

Pessoa inconveniente: - No Christus

Eu:- Período integral?

Pessoa inconveniente: - Não, Claro que não, apenas pela manhã.

Eu:- Oh, coitadinho... Passa a tarde ouvindo a conversa da babá semi-analfabeta no celular, e escutando a programação super instrutiva com musica de qualidade da FM 93. Você não acha que ele merece coisa melhor?

Vamos combinar uma coisa então. Ninguém julga ninguém, e estamos conversados!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Fazer o bem sem olhar a quem.

Sábado passado, fazendo supermercado, encontrei uma moça, olhando atentamente a prateleira de leites longa-vida. Com olhar duvidoso, amassava algumas notas de 2 reais em uma das mãos, a outra, segurava aflita a barra do vestido que se mostrava acintosamente curto.
Por timidez, ou por completa inércia social na qual angustiadamente mergulho, custou-me alguns minutos para perceber aquela pessoa ali, tão perto de mim. Após certo momento de exitação, perguntei: A senhora quer ajuda?
Nos segundos que antecederam sua resposta, elaborei mentalmente 10 possíveis e todas incluíam alguma espécie de pedido de dinheiro, queixas sobre a falta dele ou das precárias condições de vida. Qual não foi minha surpresa quando a moça me perguntou: A senhora sabe se posso dar esse leite a uma criança de 4 meses?
Filme em fast forward, imagens desconexas de aulas de pediatria, internato no HGF, emergência do Albert Sabin, misturadas com as imagens do dia-a-dia de pobreza em nossas esquinas.
Minha resposta veio na forma de perguntas, investigação quase médica da vida daquela pessoa que já ganhava meu apreço. "A senhora mora onde? ", "A senhora tem água encanada..." "A senhora ainda tem leite no peito?"
Na rua, não, não. Respostas que me deixaram sem outa opção a não ser responder SIM, PODE.
Para poupa-los, terminarei dizendo que a senhora saiu com leite, fraudas e alguns produtos de higiene pessoal. Durarão pouco, claro. Porém ela a de ser notada por alguém na próxima ida ao supermercado e outras ajudas virão. Ajudas para transformar aquela mulher na mãe que ela deve sonhar em ser todas as noites e dias.
Ontem recebi um telefonema de uma amiga, perguntando se eu teria algo a dar a uma mãe, grávida de 7 meses precisando de ajuda. Perguntei o que ela mais precisava. Tudo.
Juntando as duas histórias e minha vontade de sair um pouco do marasmo social que me abala todos os dias, peço a vocês que me ajudem a ajudar.
Quem tiver qualquer coisa que não use mais com seus filhos, já guardada no fundo do armário ( roupinhas, banheira, fraldas de pano... tudo) e deseje doar, estarei recebendo. Mande email para folgadababa@gmail.com com o endereço onde posso pegar e as encaminharei para essa mãe necessitada. Com certeza, ela terá um dia das mães bem mais feliz!
E viva a gente, e viva ser mãe, e viva sonhar em ser a melhor mãe do mundo.

domingo, 1 de maio de 2011

O melhor amigo das mães

Não, não estou falando do Discovery Kids ( embora caiba nesta categoria). Estou falando daquele que lhe socorre nos momentos mais difíceis, que calam os choros mais inconsoláveis, sem o qual você não viaja. Aquele que você tem ciúmes e até desconfia que seu filho o ame mais que a você ( coisas de mãe). Aquele que você tem como aliado e fiel escudeiro.
Já descobriu? Bem, estou falando do companheiro de sono do seu filho. Pode ser um animal de pelúcia, uma boneca, um lençol especial. Aquele que ele pedo quando está doentinho, quando vai dormir e às vezes leva a escola pois não consegue separar-se dele.
No caso do André é o "blue Blankie velhinho", um cobertor azul de malha grossa, completamente inapropriado para nosso clima, mas sem o qual ele não vive. "Velhinho" pois tentamos, em vão, comprar um substituto parecido, mas não funcionou, ele não quer o "novinho" só o "velhinho". Nos Estados Unidos, chamam tal companheiro de Lovie, Safety Toy ou Safety Blanket, aquele objeto ou paninho que substitui a mãe em horas difíceis como na escuridão da noite, quando estamos doentes e nos primeiros dias da escola. André só ia para o FB com o Blue Blankie, como se sentisse uma segurança maior com aquele amigo inseparável. Uma professora me disse uma vez que havia um aluno que andava pela escola com a camisola da mãe, era o Lovie dele. ( E quem vai critica-lo?) O "Blue Blankie" tb nos ajudou bastante nas primeiras noites na casa nova, na passagem do berço para a cama, e sei que ajudará em muitos novos desafios. (Pelo menos enquanto usas fibras aguentarem.)
E convenhamos, o Lovie é nosso aliado e amigo também. Precisamos ser substituídas ás vezes. Na escola, ás 3 da manhã, na hora da final do campeonato... Sempre é bom contar com um companheiro apaziguador.
Qual o lovie do seu filho? Se ele ainda não tem um, assim que ele desenvolver um afeto especial por alguma coisa, compre um estoque, você ainda vai me agradecer por essa dica.