Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

sábado, 26 de outubro de 2013

"...Quem sabe a morte, angústia de quem vive..."


Faz tempo que não escrevo e já estava com saudades. 

Mas acho que a espera valeu a pena. Mudei até o tema do post que pretendia escrever. Seria sobre os “super poderes” que as mães possuem, tema que já abordei aqui outras vezes mas do qual não me canso de falar. ( novas evidências surgem a cada dia e tenho que compartilhar ;-)). 

Mas esse post vai ter que esperar.

Resolvi falar da morte. 

Calma, nada trágico, ou pelo menos, não deveria ser.

A motivação para o post veio de um comentário do meu filho de 5 anos, André:
-       Mãe, você vai morrer primeiro que a gente pois você é a mais velha da casa.
Assim, sem mais. Enquanto o colocava para dormir. Só me restou dizer:
-       É filho, muito provavelmente isso ocorrerá.
Na verdade, rezo todos os dias para que isso ocorra pois morrer, independente da crença do que vem depois, não pode ser mais doloroso que viver a morte de um filho. Mas poupei André das minhas angústias maternas e esperei pra ver se vinha mais alguma coisa de lá pra cá. E veio:
-       Pois a gente só morre quando está muito velhinho ou quando tem alguma coisa grave...
Falou André meio titubeante, talvez esperando que eu lhe dissesse algum outro motivo pelo qual uma pessoa pudesse morrer. Mas não, apenas confirmei sua afirmação, acrescentando um detalhe:
-       Isso amor, por um desses dois motivos todos nós vamos morrer um dia. Faz parte da vida.
      
E pronto. De repente, em 3 minutos, eu tinha tido uma conversa sobre envelhecimento, morte e fatalidade com meu menino de 5 anos. Ele que trouxe os conceitos, com a simplicidade que cabe a uma criança e com a naturalidade que o tema deveria merecer de todos nós. Imagino o desastre que teria sido caso eu tivesse introduzido o assunto.

Ao sair do quarto, satisfeita com a ideia de que morreria primeiro que todos em casa, tentei entender por que André havia falado aquilo.
A “culpa” era do livro infantil que havíamos trazido como presente de viagem “Quién come a quién?” 
Quando comprei, confesso que fui atraída muito mais pelas ilustrações interessantes que pelo tema. Mas que surpresa! Simples, direto e surpreendente.

O livro faz uma sequência interessante de eventos. Mostra uma cadeia alimentar bem humorada. Mas em algumas páginas, os bichinhos morrem simplesmente por que estão muito velhos. O evento se repete umas 2 vezes ao longo da cadeia, e na terceira vez, o autor pergunta: Agora você já sabe o que aconteceu, não é?

E acho que André entendeu muito bem a mensagem. Nada melhor que tratar a morte de uma maneira natural. A morte é um fim comum, e se não precoce, se não violenta, deveria ser tranquila.

E sabe do que mais, na página seguinte à morte, nasciam linda flores.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sincero, espontâneo e cheio de energia!


Pensei em dar os parabéns às crianças neste post, afinal, é o dia delas. Mas depois achei meio estranho parabenizar as crianças por simplesmente serem o que são, crianças. Não lhes foi dada a opção de não serem crianças, de nunca completarem 5 anos. De pularem a infância com um salto fantástico entre o nascimento e a vida adulta. A infância faz parte do crescimento e é uma fase importante do desenvolvimento.

Acho que vou preferir, aqui, parabenizar as pessoas que vivem com espontaneidade, com energia e com sinceridade. Assim, muito provavelmente contemplarei todas as crianças e não deixarei de fora os adultos que assim decidiram viver.

Ser espontâneo é permitir-se agir como se acha certo, sem meias palavras ou atitudes. É permitir-se ser original, mostrar a que veio e ser simplesmente o que é. Crianças são assim.

Viver com energia é permitir-se gasta-la. É ter ideias e aplica-las. Energia na mente mesmo com o corpo doente. Viver com limites mas sempre os desafiando. Crianças são assim.

Ser sincero é permitir-se ter a liberdade dos justos como companheira. Ser sincero nos faz ter amizades verdadeira, nos proporciona noites tranquilas e nos traz dias leves. Crianças são assim.

Parabéns a todos que vivem com as qualidades que as crianças tanto esbanjam. Parabéns a nós, que mesmo que não consigamos ser tão sinceros e espontâneos e ter tanta energia, tentamos acompanhar de perto nossos pequenos e valorizamos suas atitudes. As sinceras, espontâneas e cheias de energia, próprias de uma criança feliz!


domingo, 6 de outubro de 2013

A pipa


A pipa não subiu. Fiz tudo certinho mas a pipa não subiu. 
Quer saber? Não me importa. O importante é que nós descemos.

No nosso prédio, não há uma área de lazer bem estruturada. Não há parquinho, nem quadra, nem piscina. Só tem espaço. Isso tem de sobra. E nós descemos para soltar a pipa, mas ela não subiu.

Não me importa se a pipa não subiu. O importante é que ao pega-la, lembramos de uma grande amiga, Lívia, e do seu filho Theo, pois ganhamos a pipa em seu aniversário. E é sempre bom lembrar dos amigos em dias comuns, lembrar do bem que eles já nos fizeram.

Ela não subiu mas o importante foi o fato da pipa precisar de um rabo.  Aí foi uma festa. Escolher o melhor tecido entre os retalhos, cortar as tirinhas, amarrar uma à outra e achar que nossa pipa havia ficado linda!

A pia não subiu, mas nós descemos. E graças a não subida da pipa, tivemos que aprender um pouco sobre perseverança, e depois sobre paciência, e, depois de mais um pouco, sobre resiliência.

Já que não subiu, tivemos que inventar outras brincadeiras. E o espaço, única coisa que temos em nosso prédio, nos serviu direitinho. Esconde-esconde, pega-pega, estórias assustadoras, futebol... Até escurecer...

A pipa não subiu. Muito provavelmente por algum motivo aerodinâmico qualquer. Ela não subiu mas nós descemos. E brincamos juntos e gargalhamos. E sabem de uma coisa? Vou continuar tentando soltar a pipa, pois mesmo que ela não suba, nós sempre sairemos ganhando. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Outubro cheio de atrações.

Já comece a aproveitar as atrações do mes da criança neste final de semana! 

IPark e Engenhoca para os mais aventureiros


 Nos Shoppings



Na Livraria Cultura

A dica para esse fianld e semana no TIC é:

Misturando contação de história com teatro, Paula Yemanjá convida o espectador a se deliciar com alguns contos: você pode conhecer Heitor e seu estranho bichinho de estimação ou quem sabe um Annanse, bicho metido a esperto e muito vaidoso ou, talvez, a história de um moço que comia até pedra ou, então, ir para uma estranha festa no céu.
Dia 05/10 - 16h – Arena Dragão
Dia 06/10 - 10h - Passeio Público
Dia 06/10 - 16h – Arena Dragão