Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Brancadeira legal

Essa semana, muitas mães e pais conseguem um tempinho a mais para ficar em casa. Aí vai uma sugestão de brincadeira que estimula bastante a imaginação da criançada e diverte pais e filhos.
Você vai precisar de:
  • Tiaras simples ( Nina Bijou - R$ 1,30 cada)
  • Folhas de papel duplex ( Casa do desenho - R$0,85)
  • Tesoura
  • Fida adesiva
  • Criatividade! ( não tem preço)
Transforme seu filho em diversos bichinhos fazendo tiaras com orelhas dos animais que seu filho mais gosta. Basta desenhar as orelhas diretamente no papel duplex, cortar, fixar na tiara com a fita adesiva e Voilá!
Essa brincadeira rendou muitas outras aqui em casa. Com  as orelhas dos porquinhos e do lobo fizemos uma peça dos 3 porquinhos; com as antenas da forminguinha, cantamos a música da formiga e fizemos muita cosquinha. O "boi"correu atrás de todos nós... O coelhinho comeu cenoura e brincou no jardim...
 
Aventure-se! Divirta-se. Não precisamos ser o MisterMaker, na verdade é até legal quando nosso projetinho sai meio feio e desarrumado, nossos filhos treinam o improviso, tão necessário durante toda vida. :)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Inspire-se


Inspiramo-nos em bons livros, músicas marcantes, filmes emocionantes. Atletas que superam dor e medo para atingirem objetivos, superam limites do corpo e da mente. Artistas que conseguem fazer da arte coisa sobrenatural, que nos comove e eleva. Inspiramo-nos em pessoas que não deixam a miséria financeira contagiar a mente, vencendo com perspectiva e perseverança na vida.
Muitas coisas nos inspiram. Nossos filhos terão muitos heróis e pessoas que os inspirarão a transformações ao longo da vida. Seja o Homem Aranha ou o Michael Phelps, a professora da primeira série, a Hortência ou o Lula. Precisamos de gols, de pessoas que nos façam olhar para cima, para o que é melhor, para a superação. Crianças inspiram-se com inocência, sem grande dose de conscientização, pelo simples fato de admirar, sem julgar. Adultos são mais criteriosos, admiram conscientemente, catalogam listas de qualidades e defeitos. Mesmo assim, depois de analisar e gerar a guerra entre o bem e o mal, adultos dizem: Pai e mãe inspiram. Transformam. Fazem pensar, melhorar e lutar pelo que é bom e certo.
Você pode nem perceber. Seu filho, quando criança, muito raramente falará que você o inspira, que você é seu herói. Porém, esse peso nas costas você carrega, vista-se dele e o leve com prazer. Você é a maior fonte inspiradora para o seu filho!
Os números mostram na reportagem ( Estudo aponta mães como maior fonte de inspiração) e o vídeo choca com as imagens ( Children see, children do... )
Seu filho está vendo tudo que você faz, seja inspirador!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Recordar é viver!


Foto e vídeo são fantásticos. Eles perpetuam o momento, nos deixam revivê-lo quantas vezes quisermos. Fazem voltar no passado, puxam lembranças do fundinho do baú, registram momentos especiais.
foto legal
foto perfeita
foto para unir gerações
Meu pai sempre gostou de fotografia, minha infância foi muito bem documentada em foto e vídeo ( quem não lembra do Super 8?) Mas minha mania por foto e filmes caseiros iniciou quando fui morar fora. Eu estava nos Estados Unidos, vivendo coisas únicas, brincando com neve, aprendendo a cozinhar, colhendo morangos e maças no pé... Tirar muitas fotos e fazer filmagens foi o jeito que encontrei de fazer com que minha família e amigos pudessem viver um pouco de tudo aquilo comigo. Mas não basta ter pilhas de fotos e vídeos esquecidos em um arquivo. Tem que selecionar, editar, ordenar... Tem que fazer a foto falar por si, contar sua história. O vídeo tem que transmitir a emoção daquele momento. Comecei a contar minha história em pequenos filmes caseiros. Aprendemos, eu e Fábio, a mexer no Movie Maker, programa de edição de vídeo da Microsoft. Aprendemos na marra, mexendo e assistindo tutoriais na internet. Fazíamos filminhos, gravávamos em DVD e enviávamos por correio para nossa família aqui no Brasil. Nossa vida ficou mais fácil com o YouTube, que nos permitia mandar filmes com maior rapidez. Migramos para a Apple, e tivemos que nos familiarizar com o iMovie. Transição tranquila, a produção continuou. Com o nascimento do André, os vídeos ficaram mais frequentes. Eu queria me gabar do filhote lindo que eu tinha, os amigos queriam vê-lo e a família, de longe, queria crescer junto com ele. Filme do nascimento, do primeiro mês, dos primeiros 6 meses... E assim por diante. Hoje André tem 4 anos e adora ver os filmes de quando ele era bebe. Igor com 1 ano e meio também já protagonizou seus primeiros filminhos. 
Fazer o vídeo é uma terapia, é reviver, ou melhor, é transformar a vida em um filme feliz. Tudo na sua ordem, história reinventada, só rostos contentes.
Para vocês se animarem, aqui vão alguns tutoriais. Depois de uma olhada rápida neles, é só colocar a  mão na massa. Dica: Se não mexer, não aprende!!!
Movie Maker: Aula da professora Adriana Sousa (http://www.scribd.com/doc/3482141/Usando-o-Movie-Maker) explicando passo a passo. Esse outro é o tutorial do site do microsoft (http://windows.microsoft.com/en-US/windows-vista/Getting-started-with-Windows-Movie-Maker)
Para o iMovie temos um vídeo no youtube que pode ajudar: http://www.videolog.tv/video.php?id=511723 e o próprio site da MAC ( http://www.apple.com/ilife/video-showcase/)
Bem, agora que você está equipada, tome coragem e edite os filmes que você fez do seu filhote desde que ele nasceu, tenha ele meses ou anos!
Algumas dicas:
1.Faça filmes curtos. 15 minutos no máximo. Mais que isso, você entedia a plateia :)
2. Intercale fotos e vídeos
3. Não enfeite muito nas transições entre fotos e vídeos. Corre o risco das imagens ficarem confusas
4. Seja criativo na trilha sonora!
5. Explore os efeitos e sons do programa utilizado.

Abraços e boa sorte na premier!

PS. Acrescentei  novo filminho na lista de Produções Caseiras... Infelizmente com alguns problemas na trilha sonora que estou teimando em consertar.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Férias, manual de sobrevivência.


Férias escolares nem sempre ( ou quase nunca) significam que os papais e mamães estarão de férias também. E o que fazer com a criançada neste período? Ficar em casa assistindo televisão, dormindo até mais tarde e explorando aquele velho brinquedo esquecido tem seus encantos, mas logo logo perde a graça. Aqui vai uma sugestão que acho interessante: PlayGroups! Você provavelmente pode tirar uma tarde ou uma manhã de folga durante as férias, use esta tarde para promover um grupo de brincadeira com os amigos do seu filho. Se as outras mães fizerem o mesmo, já está garantida diversão para vários dias e você só perdeu um turno do trabalho! O esquema é o seguinte:

1. Reuna um grupo de mães com as quais você tenha bastante afinidade e que tenha filhos mais ou menos da mesma faixa etária ( calma, não é tão difícil assim!)
2. Cada mãe escolhe um dia ( ou mais dias dependendo do gás e da disponibilidade) para ficar responsável pela programação.
E pronto! Seu filho terá uma agenda de férias bem movimentada e cheia de coisas diferentes.

Lembre-se, você pode fazer qualquer coisa com as crianças no seu dia. Invente! Pode ir ao cinema, praia, zoológico ou simplesmente descer vários brinquedos para a área de lazer do seu prédio ou casa e deixá-los soltos!
Se você puder investir um tempinho a mais neste dia, faça um projetinho com eles. Incorpore o Mister Maker ou o Artzooka, eles vão adorar! Olhem esse projeto - pintura plaft (link) - como é legal!
Nas férias passadas usei latas de leite vazias, pintamos, enchemos com pedrinhas, passamos um barbante e fizemos uma corrida com nossos novos carrinhos de lata! Foi bem divertido. 
Um bom lanche é sempre bem vindo. Atenção para crianças alérgicas no grupo e evite comidas muito elaboradas. Sempre é bom ter aquela comidinha que nunca falha para os mais enjoadinhos: pão de queijo, batata frita, pipoca. Invista nos sucos. Que tal eles criarem o próprio suco misturando várias frutas no liquidificador? Melancia também sempre faz sucesso lá em casa e ainda hidrata a molecada.
E depois de tudo, todos no chuveiro ou mangueira!
Não desanimem se vocês não conseguirem muitas mães, você  e a sua melhor amiga já garantes 2 dias de alegria para seus filhos. O importante é participar.

domingo, 27 de novembro de 2011

Ajuda bem-vinda, visita breve

Interessante a interface entre ajudar e incomodar.
Andei sumida, fui a Brasília. Lá nascia a pequena Alice. Além do interesse pessoal em conhecer a linda sobrinha, fui convocada a ajudar os pais de primeira viagem. De início senti-me honrada com a proposta, depois senti-me velha ( chamam de "experiente" eufemicamente) tendo parido 20 filhos, e depois veio o sentimento de responsabilidade. Sem muito tempo para pensar, comprei a passagem e entrei no avião. Eu tive 3 horas para remoer meus questionamentos: E se ela não mamar? Será que o que funcionou para os meus filhos vai servir para Alice? Qual meu papel nessa história toda? E se ocorrer um problema médico, devo agir como médica ou amiga? Mas, como toda boa virginiana com o desconfiômetro nas alturas, a principal pergunta era: Será que não vou incomodar? Por certo eles querem curtir a primeira cria, sentirem-se 3 pela primeira vez, ambientar-se, curtir o luto da vida sem filhos... Minha cabeça estava a mil.
Cheguei no aeroporto, recebida pelo pai de Alice. Sorriso aberto, contando animado as aventuras do parto natural, os desafios vencidos e as perspectivas para a nova vida. Ouvir aquela voz agitada e ansiosa tranquilizou-me, pois se nada vim fazer em Brasília pelo menos escultar seria uma boa função. Entramos no hospital, conheci Alice, linda, sadia e tranquila. Pronto, acho que já posso voltar a Fortaleza... Tudo corre bem, abracei a mãe, deixei energias positivas e confirmei a saúde e a beleza cativante de Alice.
O que mais posso fazer aqui? Bem, a cada minuto surgia uma resposta. E a relação entre mim e a nova família de três foi surgindo tímida porém profunda. Saber amar é deixar alguém te amar, e assim também ocorre com o cuidar. Essa família se deixou cuidar. Olhinhos atentos, perguntas honestas e aprendizes aplicados. Com o tempo abracei minha missão com unhas e dentes, porém sempre acompanhada do conceito virginiano de distância regulamentar. Lembrei da minha própria história: primeiro filho em um país estranho, longe da família, outra língua... A ajuda de minha mãe foi fundamental, porém eu desejava meus momentos a 3, ao a 2. Também muitas vezes queria exercitar meus instintos maternos sem ter que seguir a cartilha.
Fiquei 3 dias e 3 noites com essa família linda. Missão cumprida. Tentei fazer de tudo um pouco, com certeza ultrapassei limites, e fiquei aquém da função em outros momentos, mas o saldo foi positivo.

Depois de três dias, a cabeça diz que é hora de partir, deixar o casal lamber a cria sem interferências, mas o coração... O coração fica apertado pensando que no outro dia tem as primeiras vacinas, e se a icterícia piorar?  Será que o umbigo vai cair logo? Quem vai ajudar durante a noite?  E a reação da vacina? Vai aceitar a chupeta? E Isso tudo para não falar da saudade...
Ajudar e se deixar ajudar é uma arte. Existem limites, linhas tênues a serem respeitadas. E lembrem-se, se tudo mais falhar, se você não souber o que fazer para ajudar e não quer arriscar, sigam o estilo americano: prepare com carinho uma receita caseira e leve aos pais do bebê, pois eles sempre estão famintos e cansados demais para pensar em cozinhar!



domingo, 20 de novembro de 2011

Um cheiro que só lá tem.

Lembro do pé de jambo na entrada da casa, do longo corredor, do barulho dos carros da Antônio Sales.  Lembro também do conjunto de vime da varanda e da mesa escura da sala de jantar. O livro de historias infantis com poucas figuras e muitas palavras que a mim pouco interessava, porém minha irmã lia atenta. Mas de tudo, tudo mesmo, o que me lembro mais é do cheiro. Só tinha lá. Mistura do cheiro do  sabonete que só meu avô usava, de pinho sol, de pasta de dente de uma marca estranha, de móveis antigos super limpos... Sei não, não sei explicar, mas esse cheiro era só da casa da minha avó.
Hoje vejo meus filhos na casa das avós, olhinhos atentos brilhando de curiosidade ao explorar o ambiente. O que há naquela caixa? Não pode mexer na cristaleira! Esse brinquedo era da minha tia quando pequena? Eles sabem do que só tem na casa da avó, tenho certeza disso. Tomar água nos copinhos com uma cor para cada neto. "O meu é o azul claro!!!" O almoço é no pratinho comprado com o personagem favorito. Sujou? Toma banho no banheiro da vovó, cheio de coisas diferentes para olhar. Enxuga com a toalhinha de bebê. Só a vovó lembra de enxugar entre os dedinho que já chutam a bola e pedalam bicicleta. E tem que passar perfume! Esse só tem na vovó. Como é bom sentir cheirinho de filho que passou a tarde na casa da vó... Os barulhos da casa da vovó, as merendas, as surpresas... Ao pegar André e Igor na casa da vovó, logo antes de passar da porta, os vejo de canto de olho. Sei que estão pensando em voltar, sei que estão se despedindo do cheiro que só lá tem. Volta correndo, dá beijo, e pede:  "Posso levar esse brinquedo para minha casa?" Avó deixa, como quase sempre ocorre. Saímos levando o brinquedo, saudades, banho tomado, barriga cheia... E o cheirinho? Não, o cheirinho só lá. Para sentir o cheirinho tem que voltar.