Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

terça-feira, 23 de junho de 2015

O Teatro infantil não discrimina!


Por que ainda levo meu filho de 7 anos para ver Chapeuzinho vermelho no teatro?

Por que é teatro. Teatro infantil.

Saber o final da história não tira a beleza da peça. É como aquele livro que relemos mesmo sabendo o que vem na próxima página. Também não há idade nem gênero certos para ir a uma peça infantil.

Cada idade percebe a peça de uma forma diferente.  Interage, participa. Cria novos questionamentos e dilemas.

Dia desses, assistindo Aladim no teatro do Dragão do mar. Depois de ter assistido várias vezes em outras versões,  André se tocou que Aladim era um ladrão que roubava comida na feira. Ficou indignado. O herói da história era um ladrão?!  Perguntou se era verdade, ponderou, justificou e tirou suas próprias conclusões. A ida ao teatro gerou um papo cabeça super legal e  educativo.

No teatro podemos avisar que, na verdade, não é a vovozinha que está ali, e sim, o lobo mal. Na vida real, a gente nunca sabe...

No teatro infantil temos finais felizes. Estamos precisando de mais finais felizes hoje em dia! O teatro faz sonhar!

A história é sempre contada de um jeito diferente. Depende do dia, depende da plateia. Depende mais ainda do grupo de teatro que apresenta a peça.

Quem já viu Chapeuzinho vermelho com o grupo Catavento? É muito bom! Eu tenho 37 anos e ri e me diverti muito. Na escala de programas legais, esse ganharia 5 estrelinhas. Na verdade, Marcelino Câmara sempre agrada nos palcos. É de uma sensibilidade e humor cativantes.

Chapeuzinho Vermelho com a Comédia Cearense também é muito legal. Eles destacam o caçador como um dos personagens principais desde o começo da peça. Na verdade, ele é um faz-tudo que prende lobos nas horas vagas. A peça diverte  e conquista até os meninos de 7 anos, “quase rapazes” interessados em videogame e que chamas os jogadores da liga dos campeões da Europa pelo nome. 

O teatro é imprevisível, dinâmico e surpreendente até em peças da Chapeuzinho vermelho. Quem já viu Solange Teixeira interpretando a Chapeuzinho sabe do que estou falando. No palco do Celina Queiroz ela deu um show. Se tiver seu nome no cartaz da peça, pode ir que é diversão certa.

Falo do nome das companhias e, sempre que sei, falo também do nome dos atores para valorizar o trabalho, o dom e a disposição. Tem criança chorando e gritando durante o espetáculo e ainda assim eles brilham. Convidam, incitam e divertem crianças de todas as idades.

Voltando ao Aladim e à espontaneidade do teatro, as calças do gênio caíram no meio do espetáculo. Desastre? Que nada. Pura diversão. Carri Costa ( Companhia Cearense de Molecagem) usou o ocorrido para abrilhantar ainda mais sua apresentação. Os meninos falam até hoje e o reconhecem em outras peças: - Mãe, o pai da Bela era o Gênio do Aladim! Isso quando assistimos ao musical A bela e a fera no Teatro José de Alencar.

O teatro diverte mas também emociona. Já faz um bom tempo que assistimos “O som das cores” no teatro Caixa Cultural. A peça conta a história da menina Lúcia que perde a visão aos 15 anos e sai procurando seus olhos.  O espetáculo é lindo e de qualidade técnica impressionante, apresentado com bonecos pela Companhia Catibrum. Eu chorei, André chorou, Igor chorou. Os três abraçados ao final da peça.  A menina não encontra os olhos, mas encontra muitas outras coisas pelo caminho. Até hoje os meninos falam da Lúcia.

Pois bem. Continuarei levando meus meninos para o teatro infantil. Eles continuarão crescendo, desenvolvendo novos interesses, e eu continuarei comprando nossos ingressos. Sempre há o que aprender indo ao teatro. Desde o respeito à fila até aplauso ao final da peça.

André  era provavelmente a criança mais velha naquele domingo no Teatro Arena Aldeota para assistir à Chapeuzinho Vermelho. Notei e fiquei de certa forma constrangida, por mim e por ele. Porém, ao invés de não leva-lo mais, venho aqui para convidar a todos para irem conosco ao teatro!

O Folga da babá tem o compromisso de divulgar as peças infantis que forem aparecendo pela cidade. Fazemos questão de prestigiar o teatro. Acompanhe o instagram ( @folgadababa) e o facebook do blog para sempre receber noticias sobre peças infantis.  

Acompanhe também a programação dos palcos que estamos sempre visitando: Teatro Arena aldeota, teatro Sesc Emiliano Queiroz e Praia de Iracema, Teatro José de Alencar, Teatro do Centro Dragão do Mar de arte e Cultura, Centro Cultural Banco do Nordeste, Teatro Celina Queiroz, Teatro Nadir Saboya, Teatro da Praia, Viva escola de artes, Teatro Via Sul, Teatro Rio Mar, escola de atores Marcelino Câmara...

Se tem mais, vamos descobrir!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Bambolim – Pé de imaginação.


Fui fazer uma entrevista e acabei ganhando o dia. Como é bom conversar com gente empolgada e animada com o que faz! Gente que se inspira, se organiza e encara os sonhos com seriedade. Assim foi o bate papo com Leonardo e Mariana, o casal empreendedor que trará ao Iguatemi Fortaleza o Parque Bambolim. A entrevista acabou virando uma história bonita a ser contada. Então, aqui vai:

Leonardo é educador físico. Já tinha uma boa bagagem como professor em grandes escolas aqui de Fortaleza. Porém, parece que faltava a ele um toque feminino ( leia-se: organização e foco). Foi quando apareceu Mariana, formada em administração de empresas, para compor um casamento perfeito, profissional e sentimental. Foi aí que começaram a fazer a Colônia de férias Bambolim há 5 anos.

E com Mariana veio muito mais que o romance e a organização, veio a inspiração e o suporte teórico na figura de Amália Simonetti, mãe de Mariana. Amália é uma entusiasta da educação, reconhecida nacionalmente por seus projetos em alfabetização infantil, com destaque para o PAIC ( Programa de Alfabetização na Idade Certa), exportado do Ceará para o Brasil inteiro.

E foi de uma roda de conversa entre os três que surgiu o nome Bambolim. Além do nome representar uma brincadeira bem tradicional da nossa cultura popular, ele remete, também, a uma explosão de alegria. E é isso que Leonardo quer, espalhar diversão para todos no Bambolim.

Com brilho nos olhos e falando em Demazedier e Walt Disney, Leonardo conta com entusiasmo a sua caminhada junto com Mariana para a construção do Bambolim. E como certas coisas só Freud explicada... A figura central do parque foi pensada a partir de um sonho que Leonardo teve em uma das poucas noites que a ansiedade lhe deixou dormir esses últimos meses.

Não era jambo, era imaginação!
Nascia então a “grande arvore” do quintal da casa da vovó como figura central do parque. (No meu caso, um pé de jambo, que coloria de roxo o céu e a calçada da casa da minha avó Celina e onde eu, minha irmã e meu primo Daniel brincávamos por horas.)

Mas para transformar essa árvore, que não era um pé de jambo e sim um Pé de Imaginação, em um projeto arquitetônico que encantasse Leonardo e Mariana, a dupla precisou da ajuda e Leonardo Fontenele da Imagic. Depois de rodar pelo Brasil procurando alguém capaz de traduzir em realidade o que Leonardo tinha sonhado, acharam aqui mesmo na terrinha um povo gabaritado e cheio de experiência. 

E começou a construção de um espaço de 480m2  de pura diversão. Em cada cantinho uma área de interesse diferente. Tem diversão pra todo mundo! De jogos de tabuleiro a camarim e teatro; de sala de artes a muro de escalada. Tudo isso abrigado à sombra do pé de imaginação que é conectado aos outros espaços por telas tensionadas, passarelas e uma casa na árvore ( quem nunca sonhou?).

Os pequenininhos tem uma área toda especial em um espaço fechado com brinquedos apropriados para a idade, além de fraldário e cadeira de amamentação. Neste mundo de possibilidades, a criança pode ler um livro, construir uma torre gigante com blocos ou brincar no maior playground indoors da cidade.  

Leonardo torce um pouco o nariz ao falar de limites de idade para brincar no parque. Embora a idade sugerida seja de zero a 10 anos, todas as crianças são bem-vindas. Ele pergunta: Quem sou eu para dizer que uma criança de 12 anos não pode brincar se eu estarei brincando lá??

Os mascotes Amavda e Mino
E a brincadeira tem segurança e gente gabaritada por trás. Leonardo e Mariana estão fazendo uma seleção criteriosa para os monitores do parque. Além deles, tem a equipe que já trabalha com Leonardo há algum tempo e já recebeu o selo de qualidade dado pela criançada da Colônia de Férias Bambolim.

Como se não bastasse tudo isso, o Bambolim planeja fazer uma programação bem divertida para a criançada. Shows, teatrinhos e atividades divertidas prometem trazer muita novidade a essas férias de julho. E o Bambolim também terá espaço para fazer a festa do seu filho com muita diversão e todo apoio de buffet.

Clique aqui
A conversa fácil e o brilho nos olhos nós do Folga da babá tivemos o prazer de conferir, mas você também pode acompanhar a construção deste lindo parque infantil. Siga no facebook (facebook.com/parquebambolim) e no instagram (@parquebambolim) as postagens e faça parte do grupo de pessoas que conta os dias para o Bambolim abrir!

O Folga da babá deseja toda sorte do mundo ao Bambolim - Pé de imaginação, e que dele saiam frutos maravilhosos.

terça-feira, 9 de junho de 2015

"Salvar uma criança é salvar o mundo"


Marina foi a única criança que topou fazer um passeio na praia naquela tarde. Os outros se distraiam com bola e piscina. Com o sol ainda alto, fomos, eu e ela, caminhando contra o vento em uma das praia mais bonitas que conheço: praia da Redonda em Icapuí.

A praia é formada por uma grande enseada emoldurada por falésias em seus dois estremos. A areia brilha à luz do sol ou da lua formando um prateado elegante. O monótono da areia é quebrado por pedras que se expõem na maré seca e se escondem na maré cheia. O mar é tranquilo para o banho e abriga sem reclamar diversas embarcações dos pescadores locais.

Seguimos nosso passeio distraídas com a beleza do lugar e com a vida marinha que habitava as piscinas naturais. Porém, vez ou outra nossa diversão era interrompida por sacos plásticos voando, garrafas PET enterradas na areia e restos do que deveria ter sido um agradável piquenique na praia. Não raro as ondas traziam mais plástico, mas do que não deveria estar ali.

Que tipo de pessoa faria isso? Falou a menina com tom de lamento. Já catequizada pela educação ambiental fornecida na escola e com certeza influenciada pelo exemplo dos pais, Marina achou aquilo um absurdo.
Eu, infelizmente já calejada pelos absurdos vistos ao longo da vida, teria respondido:  toda sorte de gente, pessoas ordinárias, dessas que vemos aos montes por ai.
Esta seria minha resposta sincera, mas limitei-me a dizer: São apenas pessoas que não conhecem a importância da natureza e não tem a educação necessária para medir o mal que faz ao jogar lixo na praia.

Marina continuou falando dos sacos plásticos, das tartarugas, dos golfinhos e do tempo de decomposição dos diferentes tipos de materiais. Eu escutei atenta e de quando em vez confirmava a informação que me era dada, mesmo sem saber ao certo as dezenas ou centenas de anos que uma garrafa PET levava para se decompor.

Identificar coisas erradas é excelente para educação das crianças. Mas o bom mesmo é fazer a coisa certa. No dia seguinte, levamos sacos de lixo de 50L para o nosso passeio da tarde. Conseguimos um ajudante, Igor, que animou-se com a atividade de catar lixo na praia! O passeio foi curto pois não demorou muito para conseguirmos encher os dois sacos.

Terminamos nossa caminhada bem felizes por termos feito alguma coisa para minimizar a sujeira da Redonda. Coisa bem pontual, que vai pouco além de nós mesmos. Mas, como sempre escuto uma amiga falar: salvar uma criança é salvar o mundo. Então... Marina e Igor, a bola está com vocês!