Temos tantos motivos para ficarmos felizes! Já pensou
nisso?
Não, claro que não. Nós estamos muito preocupados com
nossas desgraças. Impressionante como um evento de má sorte incinera da memória
os vários episódios de sorte que tivemos naquele dia.
E se algo de bom acontece ou se algo de extraordinário
está para acontecer, nos enchemos de sentimentos bons. Mas basta um porém para
que os sentimentos mudem.
Sermos gratos pelo que temos e valorizarmos o nosso
próprio trabalho de plantar as sementes e
depois gargalharmos colhendo os frutos parece fácil, não é mesmo? Parece
lógico. Porém falhamos todos os dias nessa simples tarefa de exercitarmos a
felicidade e a gratidão.
Ser grato não é ser conformado. Ser grato é ser
contente. Aquietar-se um pouco e dar-se o luxo de curtir o que se tem. É
comemorar vitórias. Brindar ao sucesso. Respirar fundo e aceitar o destino por
um instante, tirar dele o que é bom e traçar um plano para descartar o
desnecessário.
Se por um lado
o inconformismo e a inquietude nos move a buscar coisas melhores, se estes não
forem intercalados por períodos de contentamento, corremos o risco de passarmos
a vida procurando algo melhor e nunca acharmos. Corremos o risco de ignorarmos
a felicidade, coisa de não podermos nos dar o luxo de fazer.
Faço o mea culpa
aqui. Sou abusada e estressada. Mas em dias que acordo querendo ser feliz,
geralmente sou. E isso pela simples decisão pessoal de achar bom o que quer que
venha para aquele dia. Acordar Poliana de quando em vez faz um bem incrível à
alma.
Essa ladainha toda para dizer que ser feliz é fácil,
mas como todo bom adulto, conseguimos complicar. Queremos que nossos filhos
sejam felizes porém não cuidamos e cultivamos os nossos próprios sorrisos.
Criamos em nós uma dependência espantosa de fatos extraordinários para podermos
nos ver felizes. O dia não nos basta, mesmo que seja razoavelmente bom.
Tem gente feliz em toda sorte e qualidade de situação.
Gente rica feliz, gente com deficiência física feliz, gente em péssima condição
financeira feliz, gente obesa feliz, gente doente feliz. Isso só prova que a
felicidade pouco depende de uma situação peculiar, sendo muito mais dependente
de uma disposição pessoal.
Chega, então, de determinarmos dia e hora para nossos
filhos serem felizes. Vincular felicidade a um fato específico é um
condicionamento extremamente perigoso. Viagens, presentes, 5 minutos a mais,
concessões, quebra de regras não devem ser alimentos para a felicidade, muito
menos devem ocorrer com frequência.
Felicidade pode ser ensinada e cultivada. Já pensou?
Ser grato pode virar um hábito desenvolvido com exercícios diários de gratidão.
Ao final do dia, lembrar de tudo de bom que aconteceu e dizer um bom e sonoro:
Que massa!
Quando chamo meu filho para irmos embora, ele sempre chora
reclamando. Só pensa no quanto é chato terminar a brincadeira, mas nunca pensa
como foi legal durante o tempo que brincou.
Não é assim? Acredito que nosso papel é ajudar a lembra-los. Lembrar de
ser feliz!!!
Vamos treinar?
Vamos treinar!
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