Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Chegando em casa...

Existem dias ruins. Dias em que guardamos lembranças pesadas, que se arrastam na alma. Dias com desavenças que arranham amizades, dias cinzentos. Dias com jeito e cheiro de tristeza, com horas lentas, sem pressa. Nesses dias, a tarde cai como uma benção, terminando o dia ruim, trazendo no vento da noite uma esperança de dia melhor. Ir para casa correndo, coração amargo, querendo se aquietar. Estaciona torto, corre para o elevador, pega a chave ligeiro. Mas calma, essa é a melhor hora. Hora de acariciar a alma com um barulhinho bom. Ouvido atentos, faço barulho com a chave ao colocar na fechadura. Agora sim. Ouço o barulhinho se aproximando. Estaladinho seco de pé descalço no chão de pedra. Rapidinho, esperançoso, cheio de vida. Que barulhinho bom! Alguém vai me receber de braços abertos, com sorriso franco, sem agruras ou amarras. Passinhos mágicos que trazem calma ao coração. O momento antes de abrir a porta é especial. Naqueles poucos segundo, você entra em um santuário, repleto de pessoas que você ama. Depois podem vir choros, briguinhas, dor de ouvido... Não importa, já lavei a alma.
Conselho para um dia ruim: façam barulho antes de abrir a porta, anunciando sua chegada. Feche os olhos e escute.

Um comentário:

  1. Essa vc foi em cheio. A-D-O-R-O essa hora, com certeza é mágica e curativa!!!! Beijo pros seus pequenos!!

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