Das muitas coisas que me chegam, algumas me
emocionam de um jeito todo especial. O curta O Farol de Po Chou Chi foi um
desses presentes.
Um vídeo que você começa a assistir e já
sabe o final. Porém, mesmo assim, não deixa de ver até a ultima cena.
Assistimos até o final apenas para ter
confirmada a própria sorte. Podemos até não ter vivido situação semelhante,
ainda, mas estranhamente sabemos que
viveremos. Seja como pai, seja como filho.
Apenas torço pelos abraços e olhares que o
curta traz. Esses, se trocados um dia
por pai e filho, não deixam nunca de existir e aquecer. Nem pela distância, nem
pelo tempo, nem pelas cinzas.
Torço também para que o barco fique cada
vez maior como mostra o curta, e que eu possa ajudar a construí-lo. Grande,
forte e seguro.
Torço para que as estações mudem, torço
para que de quando em vez aviste o barco no horizonte. E que ele esteja indo na
direção certa. E, às vezes, vindo para
renovar os abraços e olhares. E o carinho.
Torço também pelas cartas. Que elas cheguem
aos montes e que tragam notícia boa. E quem sabe um pouco do perfume. E se não
for pedir demais, queria também que trouxessem o som da risada sincera. Risada
de filho...
Simplesmente torço para que seja assim, à
beira do piano.
Quero apenas que seja assim, exatamente
assim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário