Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

domingo, 27 de abril de 2014

Mamãe diz...


Não sei o de vocês, mas os meus filhos costumam responder monossilabicamente às minhas perguntas curiosas.

Costumo receber respostas frustrantes ao perguntar: Como foi seu dia na escola? O que você achou do filme? Qual foi a parte mais legal do passeio?

Já começa pelo cromossomo Y que não ajuda em nada nesta categoria, e na verdade atrapalha. Parece que os genes contidos no cromossomo Y são avessos a detalhes, mestres em objetividade e ignoram por completo os apelos maternos.

Talvez mães de meninas sejam mais felizes? Longas conversas... Detalhes escabrosos das festinhas de aniversário... Com dois cromossomos X as meninas são capazes de enxergar uma joaninha no vestido de poá da amiguinha da escola, e claro, correr para contar pra mãe.

O fato é que pensei que teria esse problema somente na pré-adolescência, mas padeço dele todos os dias, e ainda falta muito para eles terem 11 anos de idade.

Diagnóstico fechado, sem necessidade de exames complementares: falta de “detalhite” crônica. Sim, CRÔNICA, e sem perspectivas de melhora. Pois embora digam que o tempo cura tudo, neste caso, dele não espero ajuda.

Mas pra tudo se acha um remédio. E tratando-se de crianças, a saída sempre está em uma brincadeira, em uma história cheia de fantasia ou em um bolo de chocolate.
No nosso caso, a brincadeira amenizou bastante meu sofrimento. Ela chama-se “Mamãe diz... André diz..” e é uma das favoritas aqui de casa.

Sabem aquelas entrevistas com gente famosa que o entrevistador diz palavras- chave e o artista tem que rebater com outra que tenha significado para ele?
-       Amor?
-       Sucesso?
-       Família?

Pois é... É isso mesmo. Esse joguinho faço com os meninos desde que André era pequeno. Não é capaz de me informar detalhes mas me permite perceber o que mais marcou meus meninos ou o que eles sentem em relação a acontecimentos vividos, filmes que assistimos ou simplesmente fatos do dia a dia. 
Eles nem percebem, mas me enchem de prazer, pois brincando, eles permitem que eu os conheça melhor.

Exemplo prático:
Fomos para a fazenda. Igor andou a cavalo, tomou banho no tanque, viu muitos passarinhos, andou de carroça... Mas na brincadeira, ao falar Fazenda, o que ele disse foi balanço.  O velho balanço pendurado no galho do Juazeiro foi a coisa que mais lhe marcou, e disso eu nunca iria desconfiar.

Aqui mando um vídeo que fiz enquanto brincava com Igor. O menino mais lindo do mundo relacionou Ceará com gol, papai com trabalho e nariz com catota.
Conclusão: Ceará foi tetra campeão estadual, papai precisa trabalhar menos, precisamos lavar mais o nariz com soro. ;-)

Beijos e boa semana a todos.

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