Fortaleza, 20 de julho de 2026
Em entrevista concedida à
nossa equipe de reportagem, a mãe do zagueiro da seleção brasileira André
Távora diz que filho considera o jogo desta tarde uma revanche. André Távora é
o camisa 4 da seleção, que ao lado do jogador Bernardo formam a zaga menos
vasada desta copa. André é um dos ídolos da torcida por marcar muitos gols com
a camisa da seleção, fato incomum entre os jogadores que já vestiram a número
4.
Se passar hoje pela
Argentina, Brasil irá para a grande final contra o vencedor de Holanda e
Portugal em busca do seu sexto título mundial depois de um jejum de 24 anos.
Foi assim em 1994, quando tivemos que esperar mais de 2 décadas pelo tetra campeonato.
O Povo: Por
que seu filho considera o jogo contra a argentina uma revanche?
Iusta: Este
é o segundo jogo contra a argentina que André disputa em copas do mundo. O
primeiro aconteceu em 2014, em uma copa organizada pelo departamento de esportes
do colégio Farias Brito. Na ocasião, ele vestiu a camisa da Inglaterra e foi
derrotado pela argentina por 3x2 logo no jogo de estreia. Ele tinha apenas 6
anos e ficou muito triste. Futebol já era sua grande paixão na época. Esperamos
que o jogo de hoje tenha um final diferente, que ele marque gols e que saia
vencedor.
O Povo: Nesta
época André já era craque?
Iusta: Na
verdade não. André não tinha muito talento. Não era um daqueles meninos que
pegam na bola com habilidade mostrando talento nato. Ele conseguiu ser um bom
jogador com muito treino e perseverança. Treinava no colégio, em casa, assistia
vídeos de jogos da seleção, jogava vídeo game de futebol... Tudo girava em
torno do futebol nesta época.
O Povo: Seu
filho sonhava em jogar na seleção brasileira?
Iusta: O que
lhe faltava em talento, sobrava-lhe em confiança. Ele dizia que jogaria no Barcelona,
onde, na época, brilhavam Messi e Neymar. Tinha uma certeza espantosa que seria
um craque de futebol. A dúvida, na verdade, não era se chegaria a jogar em uma
seleção e sim em qual seleção jogaria, se na brasileira ou americana.
O Povo: Quais
eram os ídolos do André naquele tempo?
Iusta: Na
seleção brasileira o atacante Neymar era o grande ídolo, mas já nessa época a
camisa 4 lhe fascinava com o zagueiro David Luís. Fora da seleção, os nomes
eram muitos: Messi, Robben, Cristiano Ronaldo, Magno Alves, Cacá, Gotze, James
Rodriguez...
O Povo: A
senhora sempre acreditou no talento do seu filho?
Iusta: Confesso
que ele me surpreendeu ao longo do tempo. No início, ainda criança, comentava
com minhas amigas a desproporção entre o talento e a paixão pelo futebol. Com o
passar dos anos, André foi sendo recompensado pelo esforço e virou um grande
atleta, saiu da quadra para o campo e rapidamente chegou ao futebol profissional.
O Povo: A
senhora acompanha sempre os jogos do seu filho?
Iusta: Sempre
fiquei muito nervosa assistindo aos jogos, prefiro esperar o telefone tocar e
ouvir sua voz entusiasmada contando-me cada detalhe dos gols que marcou. Depois
disso, assisto a reprise do jogo com calma.
O Povo: Então
a senhora não irá assistir ao jogo de hoje?
Iusta: Vou
estar no estádio, porém, muito provavelmente, não terei coragem de assistir ao
jogo. Vou preferir ouvir o grito da torcida comemorando as defesas e os gols do
André. Não me canso de ouvir a torcida gritando o nome dele, desde a época da
Cearamor.
A seleção Brasileira entrará
em campo contra a Argentina pela semifinal da copa do mundo de Portugal nesta
tarde de sábado às 16 horas no horário de Brasília. O jogo será no Estadio da
Luz onde o Brasil goleio o time da Grécia por 3 a 0 durante a fase de grupos. A
Rádio O Povo CBN iniciará um show de transmissão a partir das 3 da tarde.
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