Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Frio na barriga


-       Mamãe?
-       Oi.
-       O Cristo Redentor já existiu?
-       Como assim?
-       Ele já foi uma pessoa um dia?
-       Já amor, Jesus Cristo.
-       Ah tá, Jesus Cristo eu conheço.


André veio com essa anteontem a noite. Isso porque vamos viajar pro Rio de Janeiro, todos juntos, e venho falando bastante das coisas que pretendemos fazer por lá.

Mas aí, ele emendou:

-       E a estátua da Liberdade, já existiu? Foi quem quando era uma pessoa?

Ah esse meu menino curioso. Que permaneça assim.

Que eu possa mostra-lo coisas e falar sobre tantas outras... Há tanto o que ver e conhecer pelo mundo a fora.

Fomos há 2 anos pra São Paulo. Até hoje falam do aquário de lá. Sei que pouca coisa fica na cabecinha deles, mas na minha fica tudo. Guardo olhares, sorrisos, birras, e alegrias. Guardo a vontade de ir cada vez mais longe.

Viajar com os meninos é como uma grande aula de campo. Eu ensinando e mostrando coisas novas e eles aprendendo. Eles me ensinando a ser feliz e eu aprendendo. Nós descobrindo coisas novas juntos.

Que meus meninos tenham curiosidade e vontade de sair do casulo. Saber sobre e respeitar outras culturas. Se depender do pai e da mãe... Se a mim couber a missão de ensinar o que há no mundo, farei questão de ensina-lo o desejo de conhecer e explorar.

Não precisa viajar. Tem coisa nova pertinho da gente, na esquina da casa e espalhadas pela cidade.
-       Hoje vamos para um teatro novo. Será que vamos gostar?
-       Olha aquela livraria! Nunca fomos nela, vamos testar?
-       Querem ir pro Juarez ou provar um sorvete novo?
-       Vamos explorar uma pracinha nova hoje? A gente leva as bicicletas!

E sempre se aprende...

“Dentro de mais um minuto estaremos no Galeão...”

E quando vamos ver “o novo”, quem não sente um frio na barriga?
Eu sinto. E é o que me move.

“Aperte o cinto, vamos chegar,
Água brilhando, olha a pista chegando,
E vamos nós.
Pousar”

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