Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

domingo, 29 de junho de 2014

A minhoca


Ontem me peguei gritando: André, Igor, corram! Venham ver uma minhoca!
Minhoca?! Sim, minhoca.

Os meninos responderam ao chamado. Atentos olhavam a minhoca que desengonçada tentava fugir dos olhares curiosos.
Enquanto observava os meninos, com suas carinhas de nojo para a pobre minhoca, pensei naquela cena...
A minhoca era a atração! Como coisa rara, difícil de se achar. E a pobre só estava ali graças a chuva forte que caíra durante horas naquela manhã.

É uma cobra! Disse Igor. Ela é nojenta, retrucou André. E eu, com ar professoral, comecei meu discurso sobre a importância das minhocas, a terra aerada, as raízes respirando felizes, passarinhos de barriga cheia, bla, bla, bla...
Eu falava e os meninos continuavam olhando a minhoca, como se fosse a ultima coca-cola. E olha que era uma minhoca meio fuleira, muito magra, transparente. Eca.

Quem diria? Uma minhoca magrela seria a atração da nossa manhã de sexta-feira.  Meus meninos são filhos do asfalto, infelizmente. E em asfalto não dá minhoca.
Eu, da idade do André, não só conhecia minhocas como enfiava um anzol goela abaixo das pobres criaturas para pescar.

Lembrei de uma amiga falando há alguns anos que tinha que mostrar uma vaca para a filha urgente. “Essa menina nunca viu uma vaca na vida”, dizia ela.
Vacas, minhocas, borboletas... Vocês veem muitas borboletas por ai? Eu não.

Imagino como serão os zoológicos que meus netos visitarão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário