Em casa e na
escola. Olhe para o que se faz em casa e na escola. Ponto.
Lá fora? Não, lá
fora é perigoso, cheio de gente sem respeito ao público, ao outro.
Lá fora tem gente
que joga papel no chão, que fura fila e que tira proveito da fraqueza alheia. Isso
não é exemplo a ser seguido, isso é o errado. Devemos remar contra a maré ( que
está sempre cheia, e parece maior a cada janeiro) e sobretudo, devemos não cansar, acreditar no
que é certo.
Eu sei que ele
faz, ( todos fazem) eu sei que ela deixa fazer, sei que está errado, mas nós
não. Nós caminhamos pelo caminho mais longo para não pisar a grama, nós
esperamos nossa vez e acreditamos no mérito.
Vai demorar mais
do que deveria, mas a gente chega lá.
Mas quem faz
errado, quem engana e surrupia chega antes, chega na frente. Eu sei, mas não
devemos repetir o erro.
Não é justo, eu sei. Mas esse é o caminho que vamos seguir.
Será que a gente
ganha essa guerra?
A casa (e, com sorte, a escola) contra a padaria, a
mercearia da esquina, a fila do cinema, o salão de beleza, o estacionamento, a
universidade, o pronto-socorro... Para onde olhamos vemos maus exemplos.
Comportamentos mesquinhos e egoístas virarem banais pela frequência brutal com
que ocorrem.
Briga desleal e
injusta que sigo lutando. Tentando apelar para a esperança cega, aquela que
baseia-se no empírico, ignorando odds, riscos e vieses. Acreditando que meus
filhos serão pessoas boas e justas. Como quintos, primeiros ou centésimos da
fila, mas pessoas boas e justas.
Melhor: Desconfiadas, mas ainda capazes de acreditar, amar alguém incondicionalmente e com o difícil dom de distinguir e abraçar as pessoas boas.
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Mamãe,
posso baixar o vidro?
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Não
amor, é perigoso.
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Mas eu
quero...
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Mas não
pode.
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Perigoso
por que?
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Por
que tem gente malvada que pode machucar você.
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E como
é a cara dessa pessoa malvada?
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Não
tem cara, pode ser qualquer um. Não dá para saber. A maldade está no que a pessoa faz e não no que ela é. Ja já chegaremos em casa, vamos cantar uma música?
Adorei. A Gabriela sempre pergunta porque não podemos andar de vidro aberto nem andar a pé... fico morta de pena de ter que explicar estas coisas...
ResponderExcluirBjo
Iusta, vamos colocar nossos filhos na mesma maré, assim ficará mais fácil. Temos que acreditar que ainda existem pessoas boas, formando outras até melhores.
ResponderExcluirDepois de reler e me emocionar com a carta de recomendação da Talitha, resolvi pesquisar quem era essa professora tão querida... Parabéns pela família, pelo blog, pela disposição de fazer melhor com criatividade e amor.
ResponderExcluirObrigada.
"quem meus filhos beija, me boca adoça"