Para mães divertidas, seguras, criativas, cheias de atitudes, atletas, donas de si, firmes, corretas e também para as mães que, como eu, não são tanto, mas são boas, intencionalmente boas mães.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Derrota iminente

"O bem vence o mal, espanta o temporal. Azul e amarelo, tudo é muito belo..."


Em casa e na escola. Olhe para o que se faz em casa e na escola. Ponto.
Lá fora? Não, lá fora é perigoso, cheio de gente sem respeito ao público, ao outro.
Lá fora tem gente que joga papel no chão, que fura fila e que tira proveito da fraqueza alheia. Isso não é exemplo a ser seguido, isso é o errado. Devemos remar contra a maré ( que está sempre cheia, e parece maior a cada janeiro)  e sobretudo, devemos não cansar, acreditar no que é certo.
Eu sei que ele faz, ( todos fazem) eu sei que ela deixa fazer, sei que está errado, mas nós não. Nós caminhamos pelo caminho mais longo para não pisar a grama, nós esperamos nossa vez e acreditamos no mérito.
Vai demorar mais do que deveria, mas a gente chega lá.
Mas quem faz errado, quem engana e surrupia chega antes, chega na frente. Eu sei, mas não devemos repetir o erro. 
Não é justo, eu sei. Mas esse é o caminho que vamos seguir.

Será que a gente ganha essa guerra?
A casa  (e, com sorte, a escola) contra a padaria, a mercearia da esquina, a fila do cinema, o salão de beleza, o estacionamento, a universidade, o pronto-socorro... Para onde olhamos vemos maus exemplos. Comportamentos mesquinhos e egoístas virarem banais pela frequência brutal com que ocorrem.
Briga desleal e injusta que sigo lutando. Tentando apelar para a esperança cega, aquela que baseia-se no empírico, ignorando odds, riscos e vieses. Acreditando que meus filhos serão pessoas boas e justas. Como quintos, primeiros ou centésimos da fila, mas pessoas boas e justas. 
Melhor: Desconfiadas, mas ainda capazes de acreditar, amar alguém incondicionalmente e com o difícil dom de distinguir e abraçar as pessoas boas.

-     Mamãe, posso baixar o vidro?
-     Não amor, é perigoso.
-     Mas eu quero...
-     Mas não pode.
-     Perigoso por que?
-     Por que tem gente malvada que pode machucar você.
-     E como é a cara dessa pessoa malvada?
-     Não tem cara, pode ser qualquer um. Não dá para saber. A maldade está no que a pessoa faz e não no que ela é. Ja já chegaremos em casa, vamos cantar uma música?

3 comentários:

  1. Adorei. A Gabriela sempre pergunta porque não podemos andar de vidro aberto nem andar a pé... fico morta de pena de ter que explicar estas coisas...
    Bjo

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  2. Iusta, vamos colocar nossos filhos na mesma maré, assim ficará mais fácil. Temos que acreditar que ainda existem pessoas boas, formando outras até melhores.

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  3. Depois de reler e me emocionar com a carta de recomendação da Talitha, resolvi pesquisar quem era essa professora tão querida... Parabéns pela família, pelo blog, pela disposição de fazer melhor com criatividade e amor.
    Obrigada.
    "quem meus filhos beija, me boca adoça"

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