Em medicina aprendemos a diferenciar a dor
somática da dor visceral. Aquela que discriminamos perfeitamente onde incomoda,
daquela que dói, por dentro, espalhada. A minha dor não se aponta com dedo, seu
local se mostra com toda a mão espalmada, tentando não deixar de fora nenhum
cantinho de dor.
Dói no peito, peito de mãe, e irradia para
todo o corpo.
Essa dor vem e vai. Ameniza com abraço e
beijo, porém melhor resposta analgésica se tem com sorriso de filho. Aquele de
brilhar os olhinhos e ilumina o lugar.
Infelizmente, a piora é precipitada por
tantas outras coisas...
Escolher escola, escolher período de
estudo, escolher atividades extra curriculares, escolher o castigo a ser
aplicado, escolher as palavras durante a conversa séria, escolher o programa de
domingo, escolher levar ou não levar consigo, ir ou não ir, escolher a babá,
escolher trabalhar ou não. Depois surgirão outras... Sempre existirão as
escolhas. Entregar ou não a chave do carro, dar ou não a mesada, aprovar ou não
a escolha da profissão, falar ou não sobre aquela namorada.
Cada escolha é uma dor. Dor de querer
acertar. De ver que a vida é curta e que você tem que estar ali. A resposta do
acerto e do erro a vida que traz. O dia-a-dia mostra falhas e ajustes a serem
feitos. Você vai moldando sua vida, encaixando novos projetos e torcendo para
que o destino jogue a seu favor. Pois claro, não podemos esquecer que mesmo
quando se faz tudo sob medida, vem o inesperado, a fatalidade, e lhe arranca o
chão.
O preço é alto para se ser mãe. Tanto amor não viria de graça.
Por isso que dói.
Invejo os tranquilos, os sem angustia, os
de fé forte que conseguem entregar boa parte da responsabilidade das coisas da
vida a algo superior.
Invejo os que levam a maternidade de forma
mais leve. Eu não, eu sinto o peso, e este faz doer. Mas não por isso deixo de
sentir os prazeres que os filhos trazem, na verdade, acho que ganho em dobro: felicidade
de mãe e alívio da dor!
E viva a maternidade leve, sem culpas e com
uma boa dose de sorte nas caminhadas. E viva as escolhas, pois pior ( muito
pior) seria ter poucas a fazer na vida.
Iusta, tudo bem?
ResponderExcluirPor favor, estava navegando na net, e achei um post seu, onde vc entrevistou uma pessoa chamada Patricia que foi para a Disney agora em Outubro e contratou uma babá lá, será que vc me da o contato dessa patricia? Eu vou agora em Dezembro para orlando, e o visto da minha babá foi negado, estou desesperada, quem sabe a Patricia não me indica alguém? Muito obrigada desde de já .
Meu e-mail é liza@lizabaroudi.com.br Bj. Liza
Olá Liza, passei seu email para ela ( Patricia Mesquita Vilas Boas - vc pode procura-la no facebook tb). beijos.
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